CENTENÁRIO DE JANARY NUNES
Histórico
Janary Gentil Nunes, oficial do exército brasileiro, político e
estadista, líder escoteiro. O primeiro e o que governou por mais tempo o Amapá.
Nasceu em Alenquer, Estado do Pará, em 1º de junho de 1912 e faleceu no Rio de
Janeiro em 15 de outubro de 1984.
Em 27 de dezembro de 1943 é nomeado, pelo presidente Getúlio
Vargas, governador do Território Federal do Amapá, aos 31 anos. Em 25 de
janeiro de 1944, após receber das mãos do governador do Pará todos os bens
patrimoniais existentes na região, toma posse como o primeiro governador da
história do Território do Amapá.
Em seu governo construiu escolas e postos de saúde nos municípios,
mandou edificar casas para diretores e funcionários, construiu grupos
escolares, entre eles o Barão do Rio Branco, o Ginásio de Macapá (hoje Escola
Integrada de Macapá), Escola Doméstica (hoje Escola Estadual Santina Riolli), o
Instituto de Educação do Amapá (antigo Ieta), o Hospital Geral de Macapá (a
primeira unidade de saúde da capital). Também durante seu governo foram implantadas
a agricultura e a pecuária, criando-se polos de produção como a Colônia
Agrícola do Matapi e o posto agropecuário de Fazendinha.
Deu-se início ao ordenamento urbanístico de Macapá, construindo-se
conjuntos residenciais. Foi no seu governo que foi conseguida a aprovação do
projeto de construção da Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes e a exploração do
manganês pela Icomi.
Outra ação meritória foi a retomada das obras de construção da
BR-156 entre Macapá e Oiapoque. Iniciou-se a implantação da Companhia de Eletricidade
do Amapá (CEA) e da Companhia de Água e Esgoto (Caesa). Em 23 de abril de 1945,
por sua ação direta, foi criado o município de Oiapoque. Em 1947 consegue
eleger seu irmão Coaracy Nunes deputado federal, pelo PSB. No período de
setembro a outubro de 1954, foi substituído por Theodoro Arthou, voltando em
1955, e permanecendo até 1956.
De 1956 a 1959 exerceu a presidência da Petrobras, colaborando no
Plano de Desenvolvimento e Ampliação da empresa, no período de governo de
Juscelino Kubitschek. Com a exportação do manganês iniciada em seu governo, o
Amapá passou a contribuir para a balança de pagamento com aproximadamente US$
36 milhões, em 1957, e com US$ 30 milhões em 1958. A população do Amapá cresceu
de 21 mil para 55 mil habitantes. Macapá que, em 1943 era a 49ª cidade da
Amazônia, passa para a quarta cidade em 1955. Cresce de 1.082 habitantes para
mais de 20 mil.
Como presidente da Petrobras, investe no aumento da produção
petrolífera, elevando-a de 6.800 para 62 mil barris.
Obras
1939 – Bandeira do Brasil; 1959 – Defesa dos Programas da
Petrobras; 1959 – A Verdade sobre o Manganês do Amapá.
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