A Polícia
Federal de Pernambuco cumpre, na manhã desta sexta-feira, 25 mandados de busca
e apreensão no Recife e em outras cinco cidades do interior do Estado. Após
três anos de investigações com ajuda da Controladoria Geral da União (CGU) e da
Receita Federal, a PF descobriu uma quadrilha de engenheiros que fraudava licitações
para a execução de obras públicas e um prejuízo que pode chegar a mais de R$ 20
milhões.
A
Operação Resgate, como foi denominada, conta com cerca de 150 policiais
federais e cumpre ainda outras 14 ordens judiciais em Caruaru, Macaparana,
Paudalho, São Benedito do Sul e Arcoverde, além da capital. São mandados de
condução coercitiva, sequestro de Bens, afastamento de funções públicas e
atividades econômicas. Entre os procurados, estão um servidor da Fundação
Nacional de Saúde (Funasa) e um secretário municipal.
Segundo a
PF, os engenheiros representavam muitas vezes empresas de construção civil,
engenharia ou até mesmo órgãos públicos. Os investigados participavam de
diversas fases da execução de obras públicas de pequeno e médio porte,
exercendo influência junto a órgãos como a Funasa e a Caixa Econômica Federal.
A atuação
da quadrilha começava com a captação de recursos públicos e aprovação de
projetos junto a órgãos federais. Quando os repasses das verbas chegavam às
prefeituras, os engenheiros elaboravam os projetos, enquanto outros
participavam das licitações fraudadas. Na execução das obras, eles utilizavam
mão-de-obra sem pagamento de encargos sociais, além do superfaturamento nos
preços de materiais empregados, entre outras irregularidades. A fiscalização
das obras era realizada por membros da própria quadrilha.
O
prejuízo ao erário público - somente nas obras que foram fiscalizadas pela CGU
- chega a R$ 2 milhões. A PF pretende reparar o dano através de medidas
cautelares a serem cumpridas na operação. Já o desfalque total aos cofres
públicos provocado pela quadrilha pode ultrapassar os R$ 20 milhões.
Os
integrantes da quadrilha serão indiciados, entre outros crimes, por fraude e
dispensa indevida de licitação, peculato, falsificação de documento público e
formação de quadrilha.
Fonte: portal terra
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