segunda-feira, 30 de abril de 2012

PEC dos Recursos" é apresentada por Cezar Peluso


PEC dos Recursos" é apresentada por Cezar Peluso

O ministro Cezar Peluso, presidente do STF, apresentou a "PEC dos Recursos", proposta de alteração na CF/88, que acrescenta ao texto constitucional os arts 105-A e 105-B com o objetivo de reduzir o número de recursos ao Supremo e ao STJ e dar mais agilidade às execuções judiciais de segunda instância. A proposta fará parte do III Pacto Republicano, a ser firmado em breve pelos chefes dos três Poderes.
Confira a íntegra da proposta:
"Art. 105-A A admissibilidade do recurso extraordinário e do recurso especial não obsta o trânsito em julgado da decisão que os comporte.
Parágrafo único. A nenhum título será concedido efeito suspensivo aos recursos, podendo o Relator, se for o caso, pedir preferência no julgamento.
Art. 105-B Cabe recurso ordinário, com efeito devolutivo e suspensivo, no prazo de quinze (15) dias, da decisão que, com ou sem julgamento de mérito, extinga processo de competência originária:
I – de Tribunal local, para o Tribunal Superior competente;
II - de Tribunal Superior, para o Supremo Tribunal Federal"
A "PEC dos Recursos" propõe a imediata execução das decisões judiciais, logo após o pronunciamento dos tribunais de segunda instância (TJ e TRF). Não haverá alteração nas hipóteses de admissibilidade dos recursos extraordinário (para o STF) e especial (para o STJ), mas ela não impedirá o trânsito em julgado da decisão contra a qual se recorre. A PEC acaba com o efeito suspensivo aos recursos, facultando ao ministro relator, se for o caso, pedir preferência no julgamento.
"Esta proposta não tem a pretensão de resolver todos os problemas do Brasil, mas poderá significar um passo expressivo, sobretudo para a sociedade, que tem uma demanda crônica, velha, persistente e relevante em relação ao Judiciário, e que tem ecoado, sobretudo, na imprensa: a morosidade da Justiça. Por isso, cabe ao Judiciário desafiar a sociedade com uma proposta que desperte a sua atenção e que seja objeto de sua reflexão", iniciou Peluso.
A apresentação foi feita durante mesa redonda organizada pela FGV DIREITO RIO sobre o tema "Caminhos para um Judiciário mais eficiente", da qual participaram o vice-presidente da República, Michel Temer; o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; o diretor da FGV, Joaquim Falcão, e o presidente da instituição, Carlos Ivan Simonsen.
Peluso afirmou que as sucessivas medidas tomadas até agora para agilizar a Justiça, apesar de bem-intencionadas, não resolveram o problema anacrônico do Judiciário porque não atacaram diretamente suas causas. "A meu ver, não é que tenha lhes faltado inteligência ou alguma eficácia, é porque atacaram fatores secundários como causas. Não foram propostas radicais porque não desceram à raiz da questão, que está exatamente naquilo que a esta proposta tende a remover. A causa principal dos atrasos dos processos no Brasil é a multiplicidade de recursos e, especificamente, o nosso sistema de quatro instâncias", asseverou.

Na prática, a "PEC dos Recursos", se aprovada, fará com que o recurso extraordinário (STF) e o recurso especial (STJ) tenham a mesma eficácia do julgamento de uma ação rescisória, na qual a parte pede a anulação de uma sentença transitada em julgado (de que não cabe mais recurso). Mas o presidente do STF esclareceu que o sistema atual não muda. "Será o mesmo julgamento, apenas a sua consequência, sob o ponto de vista jurídico, será cassar a decisão, quando for o caso, ou reformar a decisão já transitada em julgado, também quando for o caso. Evidentemente não é uma ação rescisória, nem pode ser comparada a ela, porque o seu procedimento continua o mesmo, os seus limites de cognição continuam os mesmos", esclareceu Peluso.

O presidente do STF afirmou que, do ponto de vista prático, não há necessidade de quatro instâncias, sobretudo porque as duas últimas se limitam a examinar questões puramente de direito, teóricas. "Os fatos que condicionam a solução dos problemas já foram predefinidos pelas duas primeiras instâncias e não podem ser revistos, nem pelos Tribunais Superiores nem pelo Supremo Tribunal Federal. Por outro lado, o número de provimento dos recursos extraordinários e dos recursos especiais é baixíssimo, por volta de 15% do total. Sem contar que tais recursos, não raro, são utilizados como expediente propriamente protelatório", salientou. Sob o ponto de vista teórico, Peluso acrescentou que as duas instâncias iniciais satisfazem integralmente o devido processo legal.

Peluso enumerou as consequências de sua proposta. A primeira delas é que as decisões transitarão em julgado de forma antecipada, o que, na prática, pode fazer com que uma sentença seja executada dez ou quinze anos mais cedo em muitos casos. "Uma causa que pode ser julgada em 20 anos, passaria a ser julgada em cinco. Isso é signiticativo? Isso representa uma resposta, sobretudo à segurança e à expectativa jurídica da sociedade, ou não?", indagou Peluso a uma plateia formada por advogados, magistrados, professores e alunos de Direito.
Outra consequência listada por Peluso é que a proposta vai ser um desestímulo aos recursos inúteis, porque não haverá mais tempo a ganhar com protelações. A valorização dos juízes de primeiro grau e dos tribunais também está entre as consequências previstas por Peluso, com a destinação dos investimentos necessários para que trabalhem melhor e produzam mais. Segundo ele, os magistrados, especialmente os de segunda instância, deverão ser mais cuidadosos nas suas decisões, visto que terão eficácia imediata.
Fonte: STF

domingo, 29 de abril de 2012

MP AP na luta pela transparência da AL AP


Depois de reduzir em 50% a verba indenizatória, AL terá que detalhar gastos


Ministério Público exige que a Casa de Leis detalhe, no Portal da Transparência, todos os atos administrativos e despesas pagas com o dinheiro público, em tempo real. A cobrança chega em forma de Ação Civil Pública

Não bastou a Assembleia Legislativa reduzir o valor da verba indenizatória em 50% para fugir dos holofotes das investigações, inclusive do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que nesta semana ouviu o ex-deputado Camilo Capiberibe (PSB), atual governador do Amapá, suspeito de envolvimento junto com outros parlamentares em um suposto esquema fraudulento de emissão de notas frias para justificar os gastos com verba indenizatória. O Poder Legislativo continua na mira das autoridades, e da população que tem pressionado a Casa de Leis a reduzir os gastos com o parlamento, que tem um dos orçamentos mais alto do país, aproximadamente R$ 150 milhões.

No próximo domingo, a Assembleia Legislativa será alvo de mais uma reportagem do fantástico, da Rede Globo. Mas desta vez, o presidente recebeu a equipe da emissora e esclareceu o uso da verba. Mas antes da matéria ser exibida, a Casa terá outro ajuste a fazer, desta vez com o Ministério Público Estadual, que cobra do Legislativo mais clareza com os gastos com o dinheiro público.

O MP exige que a Casa de Leis detalhe, em seu Portal da Transparência, todos os atos administrativos e despesas pagas com o dinheiro público, em tempo real. A cobrança chega em forma de Ação Civil Pública, ingressada nesta semana pelo Ministério Público contra o Legislativo. Se acatada pela Justiça, a AL-AP terá cinco dias para fazer as modificações determinada pelo Ministério.

Na Ação de Execução, o magistrado requer, ainda, que sejam expostos no Portal, os gastos individualizados por cada deputado: verbas indenizatórias do exercício parlamentar e verba de gabinete; e todos aqueles previstos na Lei Complementar de Responsabilidade Fiscal com base na Lei nº 101/2000.

No texto, o autor do processo, o promotor de Justiça, Afonso Guimarães, explica que o Portal da Transparência deve conter informações detalhadas sobre todos os atos administrativos de interesse geral, e inclui, folha de pagamento de pessoal, inclusive a dos deputados; os cargos comissionados e de confiança, além dos temporários e efetivos.

De acordo com o conteúdo da ação, está sendo cobrado o detalhamento e a organização das publicações referentes à Licitação. “Uma vez que as informações contidas no site não seguem a ordem cronológica e numérica sequencial dos procedimentos como deveria ser, assim como é necessário dispor os pregões presenciais, as atas de registro de preços e as dispensas de licitações”, diz o texto.

Ainda de acordo com o processo, A Assembleia Legislativa terá que fazer a regularização das exigências feitas pelo MP no prazo de cinco dias, a correta publicação de todos os atos administrativos e gastos realizados pelo Legislativo no Portal da Transparência, em tempo real ou, no máximo, no dia seguinte, sob pena de multa diária (valor não divulgado).

Portal da Transparência

O Portal da Transparência da Assembleia Legislativa apresenta quatro itens: verba indenizatória, gastos com pessoal, gastos com a estrutura e manutenção e licitação. O acesso é fácil e rápido. Mas algumas informações são bem claras, como exige o Ministério Público.

Por exemplo, no que diz respeito à verba indenizatória, não é possível saber, com detalhes, como o parlamentar usou o recurso. Lá especifica apenas o gasto geral como material de consumo, outros serviços terceirizados – pessoas física e jurídica e total utilizado pelo deputado no mês. 

Já no item gastos com pessoal, é possível saber os valores gastos com diárias de deputados e servidores (total), encargos sociais – Amprev (também total, sendo que o Legislativo paga ainda parcelamento de um passivo com a previdência), INSS, indenizações trabalhistas, vencimentos e vantagens fixas. 

O mesmo acontece no demonstrativo gastos com a estrutura e manutenção. Os custos são apresentados de uma forma geral. Ou seja, valor total sem especificar qual o tipo de serviço prestado ou mesmo de material que foi comprado. Também não especifica qual o nome da empresa responsável pelos serviços contratados.

De todos os itens do Portal, o de licitação é o que tem mais clareza. Detalhe o tipo de serviço que o Legislativo pretende contratar. Essa falta de detalhes nos gastos dos deputados e até mesmo do próprio Legislativo foi que levou o Ministério Público a cobrar mais clareza com os gastos com o dinheiro público.

Investigação

Na Assembleia Legislativa do Amapá, os 24 deputados recebem, por ano, 12 salários de R$ 20.042,00. Além disso, eles podem contar com o auxílio da verba indenizatória, agora, depois da pressão popular, pode chegar até R$ 50 mil mensais, ou seja, cada deputado têm à disposição R$ 600 mil de reais por ano para cobrir gastos extras. Para receber o dinheiro, basta apresentar notas fiscais e pedir reembolso. 

Em recente reportagem exibida pelo Fantástico, o próprio Ministério Público disse que está investigando o uso dessa verba. “Como as verbas ainda não têm a comprovação de seus gastos, nós não podemos dizer que elas são regulares, que elas são legais”, disse a procuradora geral da Justiça, Ivana Lúcia Fraco, antes do valor cair para R$ 50 mil.

A equipe de reportagem do jornal aGazeta tentou entrar em contato com o presidente da Casa para falar a respeito do assunto, mas sem sucesso. Até o fechamento desta edição, ele não retornou a ligação.
Por: Emerson Renon
Fonte: Jornal A Gazeta

Corrupção Pequenas cidades, grandes rombos


Corrupção Pequenas cidades, grandes rombos

Daniel Camargos / Estado de Minas

A corrupção miúda, que não desvia milhões, mas leva propinas em pequenos contratos, é tão nociva quanto os grandes esquemas, alvos de investigação nacional e de grande repercussão Programa de fiscalização da Controladoria-Geral da União (CGU) já investigou 1.941 municípios do país, com até 500 mil habitantes, e constatou falhas graves em 20% das cidades, sendo que nos 80% restantes são encontradas falhas médias O Estado de Minas visitou quatro pequenas cidades nas regiões Sul e Norte do estado e detalha como os desvios de recursos e atos malfeitos dos administradores lesam a população, que deixa de ter necessidades básicas atendidas, seja uma creche não construída até um banheiro mal-acabado e repleto de defeitos.

Em Ouro Fino, no Sul de Minas, cidade de 31 mil habitantes, um esquema de corrupção foi desmanchado este mês pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Nove funcionários da prefeitura foram presos e cinco permanecem na cadeia. O efeito dos desvios pode ser percebido na construção inacabada da creche do Programa Pró-Infância, no Bairro Jardim Patrícia. Com previsão de término para 2009, a construção tem paredes erguidas, telhado e parte do acabamento, mas permanece sem janelas, portas e a cada dia que passa a depredação aumenta.

Em vez de crianças recebendo educação no horário em que os pais estão trabalhando, a creche é local de estrume de vaca e muros pichados. "Conto com a minha cunhada para levar o Davi à creche do outro lado da cidade. Não dá para ir a pé", reclama o pai do menino de 4 anos, Alexandre Marcelino da Silva, que trabalha na empresa de chicotes elétricos vizinha da creche inacabada. Quem também passa aperto para deixar o filho na creche é Ana Cláudia Alves, mãe de Kauã Alves da Silva. "Saio do trabalho às 17h e tenho que ir correndo para dar tempo de buscar o Kauã. Fico triste porque a creche é feita com dinheiro da gente", lamenta Ana Cláudia.

Os motivos que levam à creche inacabada são complexos e objeto de investigação detalhada, comandada pelo promotor de Ouro Fino, Mário Corrêa da Silva Filho. Ele descobriu um esquema de cobrança de propina comandado pela servidora Simone Beltrami de Souza, funcionária da área de licitações. "Como o recurso da creche é de um convênio federal, o pagamento é feito em etapas. Uma medição grande foi antecipada e a obra foi dada como concluída, sem ter sido acabada", explica o promotor.

Simone está presa. Procurada pela reportagem na cadeia de Ouro Fino, a acusada não quis conceder entrevista. Foram encontrados R$ 600 mil na conta do filho adolescente da ex-servidora. "Toda vez que saía um pagamento a Simone recebia propina", afirma o promotor. Também foram encontrados nas contas de Simone vários depósitos em cheques de empresas com contrato com a prefeitura. Além disso, o prefeito Luiz Carlos Maciel (DEM) está afastado. Maciel afirma que faz o possível para esclarecer os malfeitos na sua administração e que colocou à disposição da Justiça o seu sigilo bancário, fiscal e telefônico.

Para piorar a situação em Ouro Fino, o vice-prefeito Deoclécio Consentino (DEM) também está cassado e preso, em regime semi aberto. O motivo é o uso de notas fiscais superfaturadas quando era vereador na legislatura passada. "Os vereadores iam para a posse de um deputado em Belo Horizonte, que era de um dia, e traziam notas fiscais para a semana inteira. Em local que se lanchava por R$ 3 eles traziam notas de R$ 50", lembra o promotor.

A Câmara Municipal abriu uma comissão processante contra o prefeito afastado, mas não consegue encontrá-lo para ser notificado. A reportagem também foi até a casa de Maciel, deixou recado com sua mulher, mas não obteve retorno para uma entrevista. No comando da cidade está o presidente da Câmara, Lauro Tandeli (PSDB). "Não gostei da experiência e não me sinto à vontade no cargo", afirma Tandeli. O orçamento previsto da cidade para este ano é de R$ 44 milhões, mas o prefeito também não sabe precisar o tamanho do rombo.

Lauro Tandeli promete tentar resolver o problema da Ponte do Mercado, destruída por uma enchente no fim de 2010. "Já veio uma verba, mas a reforma não foi liberada, pois o projeto previa vigas fora da especificação", explica. Já em relação à creche, ele diz que não pode fazer mais nada, pois o dinheiro previsto já foi gasto.

FISCALIZAÇÃO Mesmo quando as falhas não são tão latentes, elas prejudicam a população. Uma das cidades mineiras sorteadas para receber a fiscalização da CGU foi Minduri, de 3,8 mil habitantes, também no Sul de Minas, onde foram encontrados diversos problemas. O principal diz respeito à construção de uma creche do programa Pró-Infância. A obra deveria ser entregue em novembro de 2009, mas ainda não está pronta. A inspeção do CGU encontrou uma série de falhas, como destelhamento, uso de material de baixa qualidade, excesso de argamassa, falta de reboco e outros pormenores.

A prefeitura se explicou à CGU e disse que iria reparar os danos, mas não convenceu. "Em que pese a apresentação de fotos, como forma de dar suporte a cada um dos itens justificados acima, a efetividade das ações implementadas pela administração municipal somente poderá ser ratificada mediante nova inspeção in loco; destacando que as falhas apontadas, se examinadas em conjunto, podem vir a comprometer a qualidade do empreendimento como um todo", afirma o órgão federal de controle.

Enquanto isso, os moradores de Minduri seguem como os mais prejudicados. Luíza Helena Justina teve que deixar o emprego de doméstica para tomar conta da filha, Francileia Justina, de 1 ano e 3 meses. "Meu marido trabalha em São João del-Rei e fica 10 dias lá e quatro aqui. Para poder trabalhar teria que colocá-la na creche", afirma Luiza. A reportagem procurou o prefeito Edmar Geraldo da Silva na sede do Executivo municipal, mas ele não concedeu entrevista.

De acordo com a CGU, os problemas graves constados são obras inacabadas ou paralisadas, apesar de pagas; uso de notas fiscais frias e documentos falsos; simulação de licitações ou irregularidades no processo de licitação, incluindo a participação de empresas fantasmas; superfaturamento de preços, falta de merenda escolar e de medicamentos; gastos sem licitação; não comprovação da aplicação de recursos; favorecimento de empresas, entre outros.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Caça a "fichas-sujas" MP quer pente fino em tribunais de contas


Deu na coluna "Painel", da Folha de S. Paulo, nesta terça-feira (24). Procuradores do Ministério Público de Contas lançarão, na quarta-feira (25), uma campanha nacional pela autonomia do órgão. O objetivo é chamar atenção para o que chamam de onda de corrupção nos tribunais do país. No Tribunal de Contas do Amapá, por exemplo, 5 dos 7 conselheiros respondem a processos por crimes que vão de lavagem de dinheiro a peculato e nepotismo. Em Roraima, três conselheiros, incluindo o presidente, respondem por crime contra o sistema financeiro.

Na verdade, conselheiros com ficha suja não parecem ser "privilégio" dos TCEs desses dois estados. Segundo observadores da cena política, se se fizer um pente fino nas 24 unidades da Federação, vai sobrar pouca gente com a ficha limpa em tribunais.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

STJ afasta cinco dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Amapá


DECISÃO
STJ afasta cinco dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Amapá
Em sessão extraordinária nesta segunda-feira (23), a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) afastou do cargo cinco dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Amapá e cinco servidores da instituição. Eles são suspeitos de desviar R$ 100 milhões da corte de contas.

Os conselheiros afastados são o presidente Reginaldo Wanderley Salomão, o corregedor Manoel Antônio Dias, José Júlio Miranda Coelho, Margarete Salomão de Santana Ferreira e Amiraldo da Silva Favacho.

José Júlio Coelho, ex-presidente do Tribunal de Contas, chegou a ser preso e havia sido afastado do cargo, por decisão da Corte Especial, pelo prazo de 360 dias. Além de pedir a prorrogação desse afastamento, o Ministério Público (MP) pediu a aplicação da mesma medida a outros nove conselheiros e servidores acusados dos mesmos crimes.

Segundo o MP, o desvio de dinheiro público era feito por meio de emissão de cheques e saques da conta do tribunal diretamente na boca do caixa. Além disso, havia pagamentos a funcionários fantasmas. A nova denúncia está prestes a ser apresentada ao STJ.

O relator, ministro João Otávio de Noronha, considerou que o caso descoberto por uma grande operação da Polícia Federal é extremamente grave, envolve quantias expressivas e revela uma peculiar situação de desmandos no Amapá. Ele deferiu os afastamentos remunerados até a análise da denúncia e proibiu a entrada dos acusados no Tribunal de Contas para que eles não comprometam a instrução processual.

Antes da denúncia 
O ministro Teori Albino Zavascki votou pelo afastamento do ex-presidente, mas rejeitou a aplicação da medida aos demais. Ele foi contra o que chamou de “generalização” de afastamentos por tempo indeterminado antes do recebimento da denúncia e ficou parcialmente vencido.

Para o ministro Castro Meira, o caso apresenta os requisitos necessários para adoção da cautelar. Segundo o ministro Massami Uyeda, nessa situação é mais prudente afastar os envolvidos. Eles seguiram o relator, bem como os ministros Humberto Martins, Maria Thereza de Assis Moura, Felix Fischer, Nancy Andrighi e Laurita Vaz. Como decisão sobre afastamento exige voto de dois terços do colegiado, o presidente da Corte, ministro Ari Pargendler, também votou, acompanhando o relator.

O ministro Cesar Asfor Rocha ficou vencido. Para ele, o afastamento cautelar tem como objetivo evitar interferências dos investigados na coleta de provas e apuração dos fatos, fase superada, segundo seu entendimento. Ele também foi contra a proibição de entrada dos acusados no seu local de trabalho. 

Coordenadoria de Editoria e Imprensa STJ




Do Blog da Alcinéa http://www.alcinea.com


Atualização às 15h41 – O Ministro Noronha acaba de deferir o pedido de afastamento dos conselheiros e de sete funcionários do Tribunal de Contas do Amapá
Atualização às 17h – O Ministro  Noronha também determinou o afastamento de Júlio Miranda e Ricardo Soares
E anotem pra conferir: Nos próximos dias numa outra instituição três serão denunciados e afastados.

domingo, 22 de abril de 2012

Vergonha: Que poderia ser evitado com a transparência da Assembleia do Amapá.


O compadrio e a caixa-preta

Matheus Pichonelli


Há quase um ano, o promotor da Defesa do Patrimônio Cultural e Público do Amapá, Afonso Gomes Guimarães, deu início a uma verdadeira via sacra para investigar possíveis casos de nepotismo nos órgãos públicos do estado. Desde agosto de 2011 ele tenta obter informações sobre a folha de pagamento dos funcionários da Assembleia Legislativa. Em vão. Em todas as tentativas, esbarrou na falta de vontade dos deputados amapaenses e do próprio Judiciário local.
Primeiro, solicitou os documentos ao presidente da Assembleia, Moisés Reategui de Souza (PSC), que se negou a repassar os dados.
Em seguida, ingressou com ações na Justiça para acessar os dados dos funcionários em duas frentes: a própria Assembleia e os bancos que realizam os pagamentos.
Em ambos os casos, obteve decisões favoráveis em primeira instância. Diante dos recursos apresentados, o Tribunal de Justiça barrou, no entanto, a empreitada.
Os dados da Assembleia continuam, assim, numa caixa-preta inacessível – e joga para o centro das suspeitas os próprios desembargadores. Dados obtidos por CartaCapital revelam que parentes de cinco dos nove desembargadores da corte trabalham no Legislativo amapaense.
A prática pode indicar um exemplo específico de nepotismo – quando autoridades usam a influência do cargo para empregar parentes como assessores de órgãos públicos de outros Poderes. Uma prática comum ainda no País, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e que contamina decisões viciadas dos tribunais.

O exemplo do Amapá coloca em xeque as formas de controle sobre o nepotismo, prática vedada pelo Supremo Tribunal Federal desde agosto de 2008, quando foi editada a súmula vinculante número 13. A medida coibiu a contratação de parentes de autoridades e de funcionários para cargos de confiança, de comissão e função gratificada no serviço público.
O problema é, quase quatro anos depois, as próprias autoridades ainda se negam a informar quem são, o que fazem e quanto ganham seus funcionários.
A via sacra da Promotoria para ter acesso aos dados no Amapá é simbólica. A ação civil pública escrita pelo promotor Afonso Guimarães com pedido para a Assembleia disponibilizar dados sobre seus servidores, é de outubro de 2011. No documento, ele citava o site oficial da Casa como uma página que não “obedece aos dispositivos legais relativos à transparência administrativa e em quase nada contribui para a divulgação dos atos administrativos e para o favorecimento do controle social”.
O pedido foi atendido pela juíza Alaíde Maria de Paula, da 4ª Vara Cível e da Fazenda Pública de Macapá. Por ordem da magistrada, o presidente da Assembleia tinha cinco dias para apresentar as folhas de pagamento de seu pessoal referentes ao período de dezembro de 2010 a julho de 2011. A Assembleia recorreu ao Tribunal de Justiça, que cassou a decisão em 23 de janeiro deste ano por ordem do desembargador Luiz Carlos – pai do deputado federal Luiz Carlos Filho (PSDB-AP).
Em outra frente, o promotor tentou obter as informações por meio dos bancos com os quais os servidores mantêm contas. Os pedidos das ações cautelares foram atendidos pela mesma juíza. Dias depois, o banco Santander conseguiu uma liminar no tribunal, em outubro de 2011, com o argumento de que as informações eram acobertadas pela proteção à intimidade e sua divulgação dependeria da existência de “interesse público concreto”.
Diante do impasse, o promotor Afonso Gomes Guimarães disse ter protocolado um recurso no Superior Tribunal de Justiça contra a decisão do TJ.
O relator do pedido no TJ foi o desembargador Dôglas Evangelista – que, segundo documentos encaminhados à reportagem, é marido e ex-cunhado de funcionários da Assembleia.
Evangelista é um dos desembargadores do Amapá citados em inquérito da Polícia Federal após a Operação Mãos Limpas – que em 2010 prendeu 18 pessoas, entre elas o então governador Pedro Paulo Dias e secretários estaduais. Os magistrados eram suspeitos de manter contatos e proferir decisões favoráveis a integrantes de uma suposta quadrilha suspeita de desviar até 300 milhões de reais públicos.
Procurado, o desembargador não respondeu aos questionamentos da reportagem encaminhados via assessoria de imprensa. A Assembleia do Amapá também não respondeu desde quando e em quais condições os parentes do desembargador trabalham na Casa (a lei não impede que parentes de autoridades trabalhem em órgãos públicos desde que sejam concursados).
O caso de Evangelista não é único. Segundo os documentos, a Assembleia emprega ainda as cunhadas dos desembargadores Mário Gurtyev e Carmo Antônio, além de Edinardo Tavares de Souza, diretor administrativo da Assembleia, e filho do desembargador Edinardo Souza – também citado no inquérito da Operação Mãos Limpas.
A lista à qual a reportagem teve acesso mostra ainda que o filho e a mulher de outro desembargador, Agostino Silvério, também estão na folha de pagamento do Legislativo. A mulher, identificada como Jorlene Lima de Jesus Silverio, recebeu pagamentos de 6.410 reais em 15 de julho do ano passado. Procurado, o desembargador também não esclareceu a situação.
Para o advogado Jorge Hélio Chaves de Oliveira, conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o caso do Amapá é apenas “uma caixa de ressonância, um eco do que acontece no Brasil”. Segundo ele, dois problemas perpetuam as práticas que deveriam ser combatidas pela súmula antinepotismo: a falta de transparência dos portais oficiais, como sites dos tribunais de Justiça, e o “verdadeiro compadrio feudal de famílias que ainda exercem verdadeiras ditaduras patrimonialistas dentro dos tribunais”.
“Há ainda desembargadores com parentes nas prefeituras do interior, nas regiões metropolitanas, nas Câmaras Municipais, Assembleias. Não há nepotismo cruzado porque não tem a troca. Mas tem como bater nos cargos em comissão, fazer um grande inventário nesses cargos em comissão, e saber onde está tudo. Como a pessoa, que é mulher do desembargador, está aqui? Ela tem vida própria, era assessora, é da academia? Se não, é exploração de prestígio.”
Essas informações, segundo Jorge Hélio, tendem a ser acessíveis à medida que os sites oficiais cumpram a lei. Ou seja: que os portais disponibilizem os atos de publicidade dos poderes públicos para prestação de contas, orientação social ou caráter informativo. “Não é admissível você abrir o site de um tribunal de Justiça, qualquer um, e ver ali 20 fotos do presidente. Essa coisa passa por uma simbologia civilizatória. Todos falam: ‘é o meu tribunal’. É um vício patrimonialista.”
A opinião é compartilhada pelo jurista Pedro Estevam Serrano, advogado, professor de Direito Constitucional da PUC-SP e colunista do site de CartaCapital. Para ele, a maioria dos sites oficiais de tribunais e governos serve apenas para propaganda das autoridades, o que fere os princípios constitucionais da publicidade. “A fiscalização passa pela obtenção de mecanismos de transparência nesses portais”, defende.

Pero Borges o Patrono da Corrupção


O Patrono da Corrupção veio na comitiva de Tomé de Sousa
 

Hoje o Brasil completa 512 anos, e como não podemos fazer bolo, e outras homenagens, nada mais justo do que nomear um Patrono da Corrupção e não encontramos melhor candidato que nosso  primeiro Ouvidor-Geral, cargo da época, que hoje se confunde como sendo nosso primeiro "ministro da Justiça", ou nosso primeiro "Desembargador do TJ", depende do historiador ou jornalista, mas não divergem na trajetória de Pero Borges.

Ele desembarcou na Bahia em 29 de março de 1549, na comitiva do primeiro governador-geral da colônia, Tomé de Sousa. Ocupava cargo de relevo: meses antes, fora nomeado ouvidor-geral do Brasil. O posto proporcionava-lhe alto salário.

Pero Borges aceitou o cargo por 200 mil réis por ano, (quantia que ele, valendo-se de um jeitinho, que mais tarde passou a se chamar “jeitinho brasileiro”, conseguiu receber antes de embarcar). O adiantamento de salário esteve longe de ser o único favor que dom João III prestou ao dileto súdito. Um verdadeiro amigo do Rei.

Quando doutor Borges foi Corregedor em Elvas, Portugal foi encarregado pelo Rei D. João III, em 1543, de supervisionar a construção de um aqueduto. Nosso personagem adquiriu o estranho hábito de receber dinheiro em casa, "sem a presença do escrivão nem do depositário". (Lembram do Arruda) Quando as obras foram paralisadas antes de concluído o aqueduto, "algum clamor de desconfiança se levantou no povo".
 
Os oficiais da Câmara de Elvas escreveram então o rei, solicitando que o caso fosse investigado. Uma comissão averiguou detidamente as contas e apurou que o doutor Pero Borges tinha desviado 114.064 réis, mais de 10% do total da verba - uma fortuna naqueles tempos.

No dia 17 de maio de 1547, condenado "a pagar à custa de sua fazenda o dinheiro extraviado", ele também foi suspenso por três anos do exercício de cargos públicos. A 17 de dezembro de 1548, no entanto, passados somente um ano e sete meses da sentença, o mesmo Pero Borges foi nomeado, pelo mesmo rei, para o cargo de ouvidor-geral do Brasil. No dia 1º de fevereiro de 1549, zarpou com Tomé de Sousa rumo à colônia.
No Brasil, Pero Borges se deu bem. Não apenas ficou no posto pelos três anos de duração do primeiro governo-geral como também acumulou o cargo de provedor-mor da Fazenda (o equivalente a ministro da Economia) no governo seguinte, de Duarte da Costa, a partir de 1553. Era a raposa cuidando do galinheiro. E nesta época dentre casas, fazendas era considerado o homem mais rico da colônia.


Qualquer semelhança na trajetória do nosso personagem, com a atualidade não é mera coincidência. Por estas e outras nomeamos o doutor Pero Borges Patrono da Corrupção no Brasil

sexta-feira, 20 de abril de 2012

PE: quadrilha de engenheiros prejuízo estimados em até R$ 20 mi


A Polícia Federal de Pernambuco cumpre, na manhã desta sexta-feira, 25 mandados de busca e apreensão no Recife e em outras cinco cidades do interior do Estado. Após três anos de investigações com ajuda da Controladoria Geral da União (CGU) e da Receita Federal, a PF descobriu uma quadrilha de engenheiros que fraudava licitações para a execução de obras públicas e um prejuízo que pode chegar a mais de R$ 20 milhões.
A Operação Resgate, como foi denominada, conta com cerca de 150 policiais federais e cumpre ainda outras 14 ordens judiciais em Caruaru, Macaparana, Paudalho, São Benedito do Sul e Arcoverde, além da capital. São mandados de condução coercitiva, sequestro de Bens, afastamento de funções públicas e atividades econômicas. Entre os procurados, estão um servidor da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e um secretário municipal.
Segundo a PF, os engenheiros representavam muitas vezes empresas de construção civil, engenharia ou até mesmo órgãos públicos. Os investigados participavam de diversas fases da execução de obras públicas de pequeno e médio porte, exercendo influência junto a órgãos como a Funasa e a Caixa Econômica Federal.
A atuação da quadrilha começava com a captação de recursos públicos e aprovação de projetos junto a órgãos federais. Quando os repasses das verbas chegavam às prefeituras, os engenheiros elaboravam os projetos, enquanto outros participavam das licitações fraudadas. Na execução das obras, eles utilizavam mão-de-obra sem pagamento de encargos sociais, além do superfaturamento nos preços de materiais empregados, entre outras irregularidades. A fiscalização das obras era realizada por membros da própria quadrilha.
O prejuízo ao erário público - somente nas obras que foram fiscalizadas pela CGU - chega a R$ 2 milhões. A PF pretende reparar o dano através de medidas cautelares a serem cumpridas na operação. Já o desfalque total aos cofres públicos provocado pela quadrilha pode ultrapassar os R$ 20 milhões.
Os integrantes da quadrilha serão indiciados, entre outros crimes, por fraude e dispensa indevida de licitação, peculato, falsificação de documento público e formação de quadrilha.
Fonte: portal terra

terça-feira, 17 de abril de 2012

Antes tarde do que nunca! Deputados Estaduais do Amapá acusados de improbidade administrativa


As ações de improbidade administrativa são em decorrência de diárias superfaturadas


O Ministério Público do Estado do Amapá ingressou com ações de improbidade administrativa contra os deputados estaduais: Moisés Souza, Júnior Favacho, Edinho Duarte e Michel JK, que segundo a promotoria causaram um prejuízo de mais de 500 mil reais, no exercício de 2011 somente em diárias superfaturadas.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Estado do Amapá, www.mp.ap.gov.br

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Carta Aberta ao Dep. Est.Charles Marques


Macapá/AP 16 de Abril de 2012
Ao.
Deputado Charles Marques

Em resposta a nota titulada: DEI ENTREVISTA AO FANTÁSTICO – SOU POLÍTICO E TENHO MUITO ORGULHO DISSO!publicada no site da Assembleia Legislativa do Amapá em 13/04/2012 e replicada no blog Repiquete no Meio do Mundoem 16/04/2012.


Gostaríamos de parabenizá-lo pelo desprendimento de vir a público e tentar explicar a relação do vosso gabinete com a famigerada Verba Indenizatória.

Verificando o site da transparência da Assembleia do Amapá, http://www.al.ap.gov.br/transparencia cientes da vossa sensatez e altruísmo para esclarecer aos amapaenses alguns pontos:

1º As indenizações mensal da maioria dos deputados, incluindo as vossas, ficam entre R$ 49 mil e R$ 49.999,99. Pela visão do conjunto das prestações de contas, presume-se haja um cuidado para não ultrapassar a barreira dos 50 mil, salvo algumas raras exceções. Justamente o valor teto atual da Verba Indenizatória da ALAP. Exemplo:
Dep. Charles Marques
Verba  Indenizatória

Novembro/2011
 49.994,74
Dezembro/2011
 49.976,10
Janeiro/2012
 44.104,00
(Recesso)
Fevereiro/2012
 49.049,87
Marco/2012     
 49.757,36 *
TOTAL R$
242.882,07
*Corrigido erro de soma do site.

2º Considerando que ALAP mantém a estrutura predial e supri os gabinetes com matérias de expedientes e que cada Gabinete dispõe dos serviços de funcionários remunerados pela Assembleia,  e ainda cada deputado recebe um ‘Auxilio Gabinete’ de R$ 30.000,00, por mês, para a manutenção do mesmo, poderia nos explicar o que são, como e onde são usados; onde, como e que preços unitários e quantidades são adquirido, os materiais de consumo, que aparecem na vossa prestação de conta da Verba indenizatória? Que em 05 (cinco) mês totalizaram R$ 67.108,09, projetando para um ano chegaremos ao valor de R$ 161.059,42. Detalhes:

Material de Consumo
Novembro/2011
11.705,70
Dezembro/2011
14.237,20
Janeiro/2012
10.374,00
(Recesso)
Fevereiro/2012
17.227,00
Marco/2012
13.564,19
TOTAL R$
67.108,09

3º Nas despesas com passagens e locomoção, relação abaixo, (vide abaixo) para onde houve os deslocamentos e qual foram motivos destes deslocamentos, detalhamento dos valores pagos por passagens por itinerário, veículos alugados, etc... A prestação de contas ainda sucinta o seguinte questionamento: Porque os valores mensais são sempre em valores redondos?
Despesas com passagens e locomoção
Novembro/2011
15.000,00
Dezembro/2011
10.000,00
Janeiro/2012
 7.000,00
(Recesso)
Fevereiro/2012
 8.000,00
Marco/2012
 5.000,00
TOTAL R$
45.000,00

4º A opinião publica gostaria muito de saber quais são os serviços, para que profissionais e empresas e quais os valores individuais destes serviços são pagos por vosso gabinete e indenizado pela Verba Indenizatória, conforme os dados abaixo retirados do site da transparência da ALAP:
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física
Novembro/2011
 9.300,04
Dezembro/2011
 9.300,00
Janeiro/2012
 9.300,00
(Recesso)
Fevereiro/2012
 5.000,00
Marco/2012
 5.000,00
TOTAL
37.900,04

Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica
Novembro/2011
 13.989,00
Dezembro/2011
 16.438,90
Janeiro/2012
 17.430,00
(Recesso)
Fevereiro/2012
 18.822,87
Marco/2012
 26.193,17
TOTAL R$
 92.873,94

5º Considerando o questionamento 3º, houve despesas com deslocamento e passagens nos 05 (cinco) meses de prestação contas de vosso gabinete da Verba Indenizatória e ainda segundo o site da transparência da AL, não houve pagamento de diárias nos meses de Novembro e Dezembro/2011, e foram justamente os meses que vosso gabinete mais foi indenizado por despesas de passagens e locomoção. Gostaríamos que V. Exª., nos esclarecesse, quantos dos valores pagos pela ALAP, discriminados a seguir, foram destinados a V.Exª., e ao vosso gabinete:

Diárias - Deputados e Servidores
Novembro/2011
                                                  0,00
Dezembro/2011
         0,00
Janeiro/2012
   654.988,00
Fevereiro/2012
 1.014.759,93
Março/2012
   935.974,31
TOTAL R$
 2.605.722,24


6º Considerando que o V.Exª., afirma que atendendo o clamor popular a Assembleia redefiniu dos valores da Verba Indenizatória e das diárias, estas para R$ 1.600,00 (um mil e seiscentos reais) por dia, para viagens no Estado. No seu entendimento não falta razoabilidade e proporcionalidade, comparando-se com a diária paga ao Governador, em viagem para o interior do Estado que é de R$ 148,61 (cento e quarenta e um reais e sessenta e um centavos) fonte; www.transparencia.ap.gov.br


Certos de vosso breve e claros esclarecimentos, antecipadamente agradecemos.
Amapá No Corrupt